
Somos todos iguais, somos todos diferentes.
Quando menos isolamento significa inclusão social
O percurso do desenvolvimento de cada um de nós se desenrola de modo mais fluido e harmonioso a depender de nossa herança genética e das experiências mais ou menos enriquecedoras que temos oportunidade de vivenciar.
Entretanto, certos entraves ou mesmo transtornos do neurodesenvolvimento, desde cedo dificultam à criança a possibilidade de usufruir do brincar e do conviver com os familiares ou com os pares como meio de provocar o seu próprio desenvolvimento cognitivo, motor, emocional ou social.
Embora a família e mesmo as escolas procurem os meios para favorecer o processo inclusivo, ele é atingido, mesmo que parcialmente na inclusão pedagógica em trabalho apoiado pelo PEI nas escolas e a partir de esforço conjunto entre estas e equipes multidisciplinares e pais.
Porém, observa-se uma esfera ainda mais sensível do ponto de vista da inclusão, que é a social. Do ponto de vista macro há na atualidade um movimento na sociedade estimulando e favorecendo os processos inclusivos.
Entretanto, na realidade cotidiana, na escola, entre os pares o processo inclusivo ainda é um desafio maior. Então as crianças, os jovens e mesmo os adultos nessas condições encontram-se duplamente penalizados: pelas próprias dificuldades desenvolvimentais, que dificultam, no geral, suas aprendizagens e pelo sentimento de não pertença aos grupos de sua convivência.
Essa conjunção empurra o jovem para o isolamento e em geral para o uso de telas, por vezes abusivo. Pesquisas (Diamond, A……) apontam a importância da saúde social, emocional e física para a saúde cognitiva, pois o estresse, a falta de sono, a solidão ou a falta de exercícios físicos prejudicam as funções executivas, estas diretamente implicadas na capacidade de enfrentar as diferentes demandas do cotidiano, de modo exitoso.
A situação de isolamento limita o leque de experiências e consequentemente a habilidade para lidar com os recursos urbanos e o próprio acesso aos recursos socioculturais, enfim de usufruir as diferentes formas de lazer e de convivência social.
E nesse círculo vicioso, onde não há interações, não há trocas, as ferramentas sociais e de adaptabilidade tornam-se pouco hábeis para favorecer processos inclusivos, através dos quais níveis de desenvolvimento mais avançados poderiam ser atingidos.
A questão maior é que as próprias dificuldades retroalimentam níveis de isolamento cada vez mais intensos. Portanto, para que se quebre esse ciclo, é fundamental que essas pessoas possam ter acesso a oportunidades para uma abertura relacional e de desenvolvimento das habilidades sociais que sustentem sua real inclusão social.
Desta demanda nasceu o inClub.
É um espaço de lazer e trocas sociais que, a partir de atividades diversificadas e mediação de profissionais preparados, favorece o desenvolvimento das habilidades sociocognitivas básicas aos processos de inclusão social.
O foco no prazer compartilhado e na comunicação social orienta a mediação nas explorações de contextos que favorecem a apropriação de bens socioculturais e dos espaços urbanos.
O exercício contínuo de reconhecimento dos diferentes contextos e expressão de seu sentido favorece a pessoa a situar-se diante de diversos espaços e circunstâncias e a agir/reagir de modo compatível. Isso se relaciona ao desenvolvimento das funções cognitivas e socioemocionais, aumentando a adaptabilidade ao meio e, por consequência, os processos inclusivos.
Esse espaço envolve um mundo lúdico de explorações sensoriais, de movimentos do corpo, de ritmos e de apropriação de diferentes espaços, propiciando trocas e interações pelas quais cada contexto é explorado, favorecendo descobertas e novos interesses.
As experiências do programa suscitam, entre outros fatores:
1 — Desenvolvimento cognitivo e Funções Executivas
- Pensar de modo mais ágil e flexível
- Imaginação e criatividade
- Compreensão e respeito às regras
- Lidar com dificuldades e vencer obstáculos
- Aprender que tanto se ganha quanto se perde
2 — Inteligência emocional
- Resiliência e prazer da conquista
- Espontaneidade e empatia
- Solidariedade e cooperação
- Capacidade de considerar diferentes expectativas, perspectivas, intenções e manifestações emocionais dos pares
Por meio de trocas compartilhadas, e de uma mediação baseada em princípios de neuropsicologia traduzidos para o “real world”, esquemas cognitivos, motores, emocionais e sociais podem gerar novos níveis de desenvolvimento adaptativos, facilitando a inclusão.
Encontros quinzenais, com 2 horas de duração. Os grupos são organizados por faixa etária e por nível de desenvolvimento.
As atividades abrangem experiências indoor e outdoor de caráter lúdico, de lazer, cultural, de apropriação de espaços urbanos e de construção de habilidades de vida cotidiana.
Os encontros partem sempre de nossa sede:
Rua Pedro Morganti, 68 – Vila Mariana
Encontros quinzenais com 2 horas de duração, sempre às sextas-feiras, com horários definidos conforme o desenvolvimento de cada grupo.
R$ 250,00 por encontro (custos como ingressos, locomoção e alimentação não inclusos).

Maria Clara Nassif
Psicóloga Clínica — Coordenação
Áreas de Expertise:
- Formadora certificada às psicoterapias Ramain, DIA-LOG e TED
- Membro Titular da ASRI
- Pesquisadora colaboradora CARI/USP/USPC

Ana Paula Nassif Lofrano Stefani
Psicóloga Neuropsicóloga — Mestre pela USP
Áreas de Expertise:
- Especialista certificada Ramain e DIA-LOG
- Formadora em TED
- Membro da ASRI e pesquisadora internacional

Thais Aquino Vizoná
Psicóloga
Formação/Expertise:
- TED — SUFCO/Universidade de Tours e CARI
- Ramain e DIA-LOG — CARI Psicologia e Educação
- Neuropsicologia — Instituto Central do HC-FMUSP

Pedro Hikiji Neves
Psicólogo Clínico — USP | Mestrando USP
Áreas de Expertise:
- Membro do LIPSIC e do CLIGIAP
- Atuação em Psicologia Clínica e pesquisa

Carolina Oliveira de Brito
Psicóloga — Centro Universitário São Camilo (2017–2021)
Áreas de Expertise:
- Iniciação Científica — relação entre caos e processo criativo
- Estágio de Neuropsicologia em Pesquisa Clínica — Hospital Israelita Albert Einstein